terça-feira, agosto 14, 2007
Pedaços de Honra pag. 39

Minha jarra das lágrimas, já transborda;
Ao lado doutro jarro que as minhas contém;
Estas, minhas, são salgadas e de doce nada têm;
Fui que as provoquei por fazer sofrer alguém;
'Inda que distante esse dia venha, já as recolhi;
Neste frasco imundo, que o direito não tem;
A recolher as próprias lágrimas;
Pois são fruto doutras lágrimas, de mulher;
Que a mim me fez sofrer, porque sofrer;
É minha condição de humano ser;
Que do ventre partilho esta solidão;
De tarde de mais vir a compreender;
Que o mundo como dizem, é um vale de lágrimas;
Das quais nascem os seres 'inda por nascer;
E se regam as dores com que se há-de padecer;
É nesta condição de sermos frágeis;
E fortes por sabermos que assim somos;
Que vamos ao rio das lágrimas procurar;
As pérolas que caem d'algum rosto;
Que do alto do abismo as deixa e rola;
P'ra que cá em baixo as recolhamos;
Em vasos d'oiro para isso fabricados;
Em cadinhos de diamantes;
P'ra que as lágrimas nunca surjam dos amantes.

Assim seja!
"O valor das pessoas e dos diamantes só pode ser estimado quando os conhecemos fora das carapaças." -Nossrat Peseschkian
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